Dimmu Borgir – Puritanical Euphoric Misanthropia (2001)

Dimmu Borgir – Puritanical Euphoric Misanthropia

O primeiro trabalho em que Nicholas Barker aliou-se aos noruegueses Galder, Vortex, Mustis, Shagrath e Silenoz, para criar o meu álbum favorito desta banda. Dimmu Borgir estava em alta, e a colher os frutos do “Spiritual Black Dimensions”. Com a confiança a transbordar dos poros satânicos da banda, seria senão normal, que o próximo trabalho destes “meninos” fosse igualmente bom, ou até melhor, do que o anterior. E, pessoalmente, assim foi. Num álbum repleto de estreias (Vortex, Galder, Nicholas e uma orquestra), quase que seria de esperar um acidente rodoviário, ou mais algumas igrejas queimadas. Mas não. Aliás, bem pelo contrário. Todos os seus intervenientes eram, e são, dotados de uma qualidade ímpar no black metal (talvez Emperor estivesse mais perto de igualar) e, ainda por cima, estavam mesmo com aquele espírito de “we can’t do no wrong“. Até faz impressão saber o que se passou pouco depois do lançamento deste álbum. Enfim… Venerem este trabalho.

Review by: Gonçalo “Pedreira” Pereira

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Firewind – Stand United (2024)

Firewind – Stand United

True story time: a primeira vez que ouvi falar de Firewind foi em 2003/4, quando li um artigo da revista LOUD!, do virtuoso guitarrista grego, na altura com o nome de Kostas Karamitroudis, atualmente Gus G. (enfim). O primeiro contacto que tive com a banda foi o longínquo “Burning Earth”, de 2002. Sinceramente, não me recordo do som desse álbum, pois também na altura curtia era mais de Pantera, Sepultura, Cradle of Filth, etc, no entanto, lembro-me bem de ouvir uma guitarra que me recordava de Steve Vai e Malmsteen, com uma batida frenética. “Stand United”, é um bom álbum para os amantes de power metal, bem como, de heavy. Este trabalho transporta a típica sonoridade dentro do género em questão. Bons riffs com solos a condizer com o artista que os realiza. A restante banda cumpre bem o seu ofício ao longo dos quase 45 minutos de boa música metaleira mas, não se enganem, Firewind é Gus G. e “Stand United” não é diferente.

Review by: Gonçalo “Pedreira” Pereira

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Bruce Dickinson – The Mandrake Project (2024)

Bruce Dickinson – The Mandrake Project

Eu adoro este álbum! Simplesmente genial. Gosto de tudo o que nele está inserido. Bateria simples, guitarras com riffs simples e solos brutais, e o baixo mal se nota mas, ao mesmo tempo, está lá (não consigo explicar melhor). Confesso que fiquei muito apreensivo ao carregar play para ouvir este novo trabalho a solo do carismático vocalista de Iron Maiden. E passo a explicar o porquê. Não é que duvidasse da qualidade de Bruce, isso nem se coloca em questão, o que mais receava era um projeto alternativo à icónica banda britânica. Contudo… NADA DISSO!!! Epah, o álbum não é nada de “especial”, pois há muitas outras bandas a fazer este tipo de conteúdo (não tão bem como este senhor, obviamente), mas há algo de único neste trabalho, não sei. Sou grande fã de Iron Maiden mas, ainda bem que Dickinson não optou por “copiar” a fórmula que tem resultado com a sua banda e aqui criou algo diferente. Já tá na minha playlist.

Review by: Gonçalo “Pedreira” Pereira

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Gardenian – Sindustries (2000)

Gardenian – Sindustries

Já conta com quase um quarto de século, este trabalho dos suecos. Não foi do agrado de todos, pois antes desta fusão de estilos (melodic death meets industrial), a banda tinha criado dois monstruosos álbuns de death/thrash, “Two Feet Stand”, em 1997 e “Soulburner”, dois anos depois. Muitos fãs ficaram céticos com este trabalho, pois lançado apenas um após o “Soulburner”, logo, pairava no ar a qualidade deste trabalho. Não é preciso esperar muito para perceber que a qualidade ainda estava bem presente e toda a dinâmica da banda era fantástica. Tem o groove bem alinhado com o headbang que farás ao longo deste trabalho. Sinceramente, considero o “Soulburner” mais fiel à onda metaleira de Gotemburgo, da altura, mas “Sindustries” estará sempre a bombar no meu carro, no ginásio, no ritual satânico, na cozinha, etc… É um bom álbum para acompanhar-te nas coisas mundanas do dia-a-dia.

Review by: Gonçalo “Pedreira” Pereira

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Eternal Storm – A Giant Bound to Fall (2024)

Eternal Storm – A Giant Bound to Fall

Existe um ditado, que remonta aos tempos dos reis portugueses: “de Espanha nem bons ventos nem bons casamentos”. Pois bem, de ventos e casamentos não percebo nada (a não ser que ambos estragam-me o cabelo), mas sei que esta é uma bela exportação espanhola. Daniel Maganto, Jaime Torres e Daniel Flys, proporcionam-nos uma viagem fantástica ao longo de quase 70 minutos. Um prog/melo/death, na minha opinião muito bem feito, pois não recai em demasia na parte técnica penalizando assim o peso e harmonia. Eles sabem que são bons nos seus instrumentos mas não sentem aquela necessidade de show off. Está um equilíbrio brutal, e prova disso é logo a primeira música, “An Abyss of Unreason”. Sendo este apenas o seu segundo álbum, Eternal Storm demonstra bem como amadureceu e, também, fica um pouco patente, a sua aproximação ao progressive, em comparação ao seu primeiro trabalho musical.

Review by: Gonçalo “Pedreira” Pereira

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Cancer Christ – God is Violence (2024)

Cancer Christ – God is Violence

True story: disseram-me para ver o artwork deste álbum. Vi e curti. Então disse para mim mesmo: “Vou ouvir. Na pior das hipóteses será uma merda de género que não curto muito mas, ao menos fico a conhecer algo novo“. Carrego calmamente no play e pouco tempo depois estou a tripar como um fedelho rebelde e revoltado com tudo, a abanar os cornos a um grind/powerviolence tão rápido que nem sei como é possível os membros da banda entenderem-se tão bem. Este trabalho tem a duração de apenas 26 minutos e percebe-se muito bem o porquê. É speed, atrás de speed, atrás de speed, etc… O quarteto não abranda por nada nem por ninguém, muito menos por velhinhas atravessar a passadeira com crianças ceguinhas a caminho do espetáculo do Panda… Com sorte também atropelam o Panda. Enfim, tudo isto para dizer o quê? God is Violence é um bom trabalho de grind, com músicas curtas e uma enorme vontade de moshar.

Review by: Gonçalo “Pedreira” Pereira

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Mortician – Chainsaw Dismemberment (1999)

Mortician – Chainsaw Dismemberment

Chainsaw Dismemberment”, que o frontman Will Rahmer admitiu numa entrevista recente ser o seu álbum preferido, é um clássico do Brutal Death. Com as suas influências de grind temos curtas faixas do mais PESADO que pode existir, com uma estética completamente negra. Existem muitas samples de diversos filmes de terror que assistem na formação dessa estética, e para além de servirem de prequela para o que a música se trata, servem de “intervalo” prevenindo saturação perante a extrema intensidade e brutalidade da obra. As guitarras, numa afinação baixíssima, têm um tom absurdamente esmagador que Roger Beaujard credita em grande parte à sua técnica. O tom do baixo é das coisas mais incomuns desta banda. Possui tamanha distorção, que principalmente quando toca a solo, é perto de impercetível as notas tocadas, mas essa distorção, juntamente com grande low end que possui, são indispensáveis para o som aqui presente. A bateria é programada, algo que era ainda incomum naquela época, e temos uma enorme quantidade de blast beats que brutalizam tudo mais do que já está, mas trazem também secções mais desaceleradas para apreciação do ouvinte. Os vocais são extremamente graves, e a última peça de perfeito encaixe para esta incrível sonoridade. De facto, é um lançamento que se mantém erguido nas inóspitas extremidades do metal.

Review by: Gilberto Inerfo

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Serpents Oath – Revelation (2024)

Serpents Oath – Revelation

Três álbuns em quatro anos. Isto é que é trabalhar. E malhar. O quinteto belga parece que voltou com mais vontade em cimentar mais um degrau na sua (ainda) curta existência, com estas “revelações”. E que belo trabalho de black metal. Constantes blast beats, com uns breaks muito blackish, guitarras frenéticas e uma voz de puro black. Tudo black. Confesso que não conhecia esta ‘serpente metaleira’ mas gostei deste trabalho. Aguçou a minha curiosidade para os trabalhos anteriores da banda, e se são algo parecidos com isto… I’m a happy guy. “Revelation” é um álbum, na minha modesta opinião, bem conseguido, pois transporta-nos para um período em que o black metal era “simples”, um período em que não percebíamos nada do que o gajo cantava, mas estávamos em constante headbang e a tripar, com os longos cabelos a taparem a expressão cerrada e cheia de ódio, enquanto fazíamos o sinal universal da devoção diabólica.

Review by: Gonçalo “Pedreira” Pereira

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Messiah – Christus Hypercubus (2024)

Messiah – Christus Hypercubus

WUÁ CÃO, que patada nas trombas! Mas também, o que esperar de uma banda com quase 40 anos desta loucura? A banda suíça não falhou com este “Christus Hypercubus”, é um bom álbum para curtir uma cervejola já perto da meia-noite, sozinho, a ver a lua sorrateiramente iluminada atrás de uma nuvem com a forma de um pentagrama… O que este quinteto criou aqui foi um trabalho porreiro para tares a refletir sobre todas as decisões de merda que tomaste até este ponto da tua vida, com uma cara de fodido, e o ódio a consumir o teu pequeno coração metaleiro… Mas é brutal. Vais curtir este som, é perfeito para moshar pela noite dentro. Vale a pena ouvir, mais não seja porque é Messiah, e esta é das poucas bandas que ainda tocam/fazem metal como o mesmo deve ser feito, com pujança, melodia e uma boa sensação no geral.

Review by: Gonçalo “Pedreira” Pereira

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Arcturus – La Masquerade Infernale (1997)

Arcturus – La Masquerade Infernale

Confesso que este não seja o melhor álbum para começar a conhecer a banda norueguesa, mas é o meu favorito, pela “estranheza” do todo o trabalho. Ou gostas ou odeias este trabalho, mas uma coisa é certa, é um marco dentro de género que Arcturus aperfeiçoou. É um álbum que conta com momentos de progressive rock/metal, com duas a três “viagens” dentro de cada música. Cada faixa tem uma sonoridade diferente da anterior e, no entanto, a coisa resulta bem. O produto final é bem satisfatório. Este é ‘O’ álbum que, sempre que oiço, descubro algo de novo, pequenas nuances no background sonoro, musicas carnavalescas mas do século XIX, inícios do século XX… É como disse no início, não é um álbum fácil para digerir à primeira mas, com o passar do tempo, a coisa chega lá. “La Masquerade Infernale” é para o progressive metal o que pão fatiado é para o mundo: a melhor invenção de sempre.

Review by: Gonçalo “Pedreira” Pereira

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