Moonspell – Wolfheart (1995)

Moonspell – Wolfheart

Quais as coisas mais tugas que o mundo conhece? Vinho, bacalhau, Cristiano Ronaldo, pasteis de Belém, Magalhães (o navegador, não o computador) e Moonspell. Falaremos destes últimos, até porque, este é um espaço de culto ao metal. O percurso musical dos lisboetas remonta ao final dos anos 80, quando ainda atuavam sob o nome de Morbid God. Em 1992, mudaram para o nome que hoje todos nós conhecemos e lançaram o seu álbum de estreia em 1995, o incontornável e icónico “Wolfheart”. E este foi como um sucker punch nas trombas de um gajo, pois todos os membros da banda tocavam como se o vírus da raiva deambulasse nas suas veias. Este foi o álbum que trouxe ao mundo a icónica “Alma Mater”, bem como, a romântica “Vampiria”. É verdade que estes senhores do metal nacional nunca abrandaram e prova disso é que já contam com mais 12 álbuns e uns tantos EP, singles e não sei quantas tours pelo globo. Com a sua terceira passagem pela Madeira, importa relembrar onde tudo começou.

Review by: Gonçalo “Pedreira” Pereira

Bandcamp

Facebook

Instagram

Peste Negra – Parasita (2024)

Peste Negra – Parasita

Pessoalmente, melhor álbum de metal nacional deste ano. Ponto final. Apesar do só ter 25 minutos, eu já o escutei-o quatro vezes antes desta review (não, não é exagero). Para mim, este trabalho é uma homenagem ás bandas de metal que abriram o caminho para todos nós pudermos apreciar o negrume fantástico que é este género musical. Verme, Carrasco, Vulto e Vizigodo estão brutais neste trabalho. As guitarras estão fenomenais, o baixo marca bem a sua presença, os vocais estão bem enquadrados como estilo e bateria não sabe o que é ter calma. Todo este álbum está cantado em português, o que o torna ainda mais fixe. Pessoalmente, “Parasita” já consta na minha playlist. Adoro esta mescla de death/black/thrash muito bem produzido. O único reparo que tenho a fazer é a duração. Mas, tal como no sexo, o tempo não é tudo. Mais vale um minuto bem desfrutado do que uma hora até o “material” ficar em carne viva.

Review by: Gonçalo “Pedreira” Pereira

Bandcamp

Facebook

Instagram

Sepulcros – Vazio (2021)

Sepulcros – Vazio

Uma banda criminalmente pouco mencionada na cena do metal underground português, os Sepulcros lançaram em 2021 o “Vazio” que é, honestamente, uma obra-prima de death/doom. O álbum possui 6 faixas sendo a primeira “Invólucro Oco” e a última “Humana Vacuidade” uma intro e uma outro respetivamente. O resto das faixas possui uma atmosfera apocalíptica e decadente, que nos esmaga com os seus riffs e uns guturais absurdos! Surgem também alguns momentos rápidos e super agressivos, cheios de blast beats que nos atropelam com toda a força! A titletrackVazio” e a faixa “Hecatombe” foram para mim as que mais se destacaram, mas o álbum foi excelente na sua totalidade! É triste este ser tão pouco mencionado cá em Portugal e, sem dúvida alguma, é obrigatório que todos os fãs de death e doom o ouçam pois é realmente incrível!

Review by: Dolortuus Doom Occulta

Facebook

Instagram

Bandcamp

Tvmvlo – The Well of the Lost Children (2021)

Tvmvlo – The Well of the Lost Children

Que jarda! Brutal, rápido e impiedoso é a melhor descrição para o debut dos nacionais Tvmvlo! Este projeto de Viseu trouxe para a cena nacional uma sonoridade bem old-school e tradicional do death metal, e eles são sem dúvida dos melhores a fazê-lo! Riffs negros e pesados, muitos blast beats e muito double-kick, um baixo que acompanha perfeitamente as guitarras dando outra profundidade às faixas do álbum e por fim os agressivos e “podres” vocais do António Baptista. Este álbum está cheio de faixas excelentes mas destaco em especial a “The Suicide Vendor”, a “Another Day in Hell” e a “Father Hebephile”. Recomendo totalmente este álbum e, sem dúvida alguma, recomendo também a todos vocês que vejam Tvmvlo ao vivo, é uma experiência arrebatadora!

Review by: Dolortuus Doom Occulta

Facebook

Spotify

Apple Music

Ibéria – Ibéria (1988)

Ibéria – Ibéria

Como é dado a indicar pelo nome, temos aqui uma banda nacional. Que tem em seu nome uma bela gema, que já está mais perto dos seus 40 do que dos seus 30 anos. Energético e melódico heavy/glam metal que noto puxar certas influências da música clássica (não só na intro e outro) mas principalmente em certas linhas e solos de guitarra que são de facto um deleite de se ouvir. Os riffs são todos catchy, despertando logo o interesse do ouvinte, mantendo uma elevada qualidade pela integra do álbum. A secção rítmica faz o seu trabalho como deve ser feito, simples bateria fazendo-nos mais vezes dançar do que abanar a cabeça. E o baixo acompanha a guitarra, adicionando o que precisa, quando precisa para criar boa dinâmica, tendo um excelente tom. O nosso grande vocalista possuí uma poderosa e suave voz, que sai de uma forma muito carismática exprimindo muito bem a premissa da canção. Ao longo do álbum ouvimos sintetizadores, teclados… realmente um lançamento muito completo e bem feito, com músicas em variados tons e energias. Uma audição muito agradável e apelativa que, de facto, vos elevará o sex appeal.

Review by: Gilberto Inerfo

Facebook

Instagram

Youtube

Requiem Laus – Life Fading Existence (1994)

Requiem Laus – Life Fading Existence

Sim. 30 anos. Eu sei… aceitem que dói menos. A banda insular começou a trilhar o seu caminho com este trabalho que, claramente, aproximasse mais do black metal dos anos 90, com a guitarra a ter um papel de destaque. Contudo, o baixo não passa despercebido, deixando a sua presença bem vincada, bem como a bateria, que não entra em loucos e desnecessários blast beats só porque sim, antes pelo contrário, faz uma tremenda dupla com o baixo. Miguel Freitas e Bruno Sousa, ficaram encarregues das seis cordas, com o primeiro a servir de vocalista, Tony Figueira no baixo e Marcelo Freitas na bateria, dão à luz um projeto que viria a contar com seis EP’s e dois fulllenght, “The Eternal Plague”, no longiquo ano de 2008 e, o meu favorito, “As Long as Darkness Bleeds”, em 2011 (a “I am Cursed” é uma coisa… Ufff). Enfim, não há como recordar como e onde a jornada dos Requiem Laus começou, com esta demo “Life Fading Existence”, que celebra os 30 anos.

Review by: Gonçalo “Pedreira” Pereira

Bandcamp

Facebook

Vasco da Gama – Vasco da Gama (1983)

Vasco da Gama – Vasco da Gama

Hoje trago-vos uma das bandas pioneiras do metal nacional, os míticos Vasco da Gama. Com uma sonoridade dentro heavy, nota-se desde logo uma clara influencia não só do NWOBHM, mas também do rock nacional, onde é notória a preponderância que este teve sobre a composição deste álbum. Temos assim uma obra de heavy puro que é capaz de agradar a qualquer pessoa, onde impera a língua de Camões ao longo do álbum, com letras bastante memoráveis que ficarão marcadas na vossa memória logo na primeira audição deste disco. Podemos encontrar aqui guitarras com solos fenomenais, um baixo bem audível e pujante, a bateria típica dos registos dentro desta onda musical e vocais admiráveis. Destaco duas faixas que desde então não são capazes de sair da minha cabeça: a “Avé Rei do Mal” e a “Lendas e Mitos“. Este álbum foi sem dúvida algo visionário para a altura, deixando uma marca na história do metal nacional e abrindo também o caminho para que novos projetos pudessem florescer.

Review by: Lord

Deep in the Abyss – Junto aos Ossos (2023)

Deep in the Abyss – Junto aos Ossos

Ao escutar a intro, e os primeiros segundos da primeira música, julguei que ia ser transportado para uma viagem de symphonic black tuga. Oh fuck, how I was wrong! E ainda bem. A banda faz aqui uma mescla de estilos, no seu álbum de estreia. Riffs bem catchy, solos igualmente groovies, a bateria está em constante alteração, num momento um blast beat e depois uma onda jazz. O baixo, suporta tudo isto com uma consistência fantástica. Hugo Marques (voz e baixo) só usa a língua de Alexandre Herculano para passar a sua mensagem e arte, ao longo de pouco mais de 40 minutos. João Brunho (bateria), Rodrigo Sá e Miguel Cavalheiro (guitarras) completam assim este quarteto que produziu um trabalho bem interessante e coeso. No entanto, dá a sensação de que quiseram demonstrar toda a sua qualidade e conhecimento logo no primeiro registo, contudo, aguardo pacientemente, por mais.

Review by: Gonçalo “Pedreira” Pereira

Bandcamp

Facebook

Instagram

Resurge – Resurge from Underneath (2024)

Resurge – Resurge from Underneath

Leitor da MetalMad, queres ouvir bom death metal nacional? Onde toda agressividade é canalizada para a voz de um demónio possuído, e bem acompanhado pelos seus restantes companheiros? Pois bem, não desesperes mais. O death é a tua droga e nós somos o teu dealer. David Bento (voz), Big (guitarra), Ricardo Neto (bateria) e Sérgio Garraio (baixo) transportam-nos para uma vibe demoníaca, um death metal primordial, mesmo old school. Tem nuances de Cannibal Corpse, Death, Nile, Suffocation, etc, é meia hora bem passada ao som destes tugas que prometem muito, pois este é o álbum de estreia, o que eleva, e bem, a fasquia do próximo trabalho destes “meninos”. Eu sugiro que tu, caro leitor da MetalMad, disponhas de umas cervejolas bem fresquinhas, um grupo bacano de colegas para ouvires este ressurgimento das profundezas e mochares enquanto conseguires manter-te em pé.

Review by: Gonçalo “Pedreira” Pereira

Bandcamp

Facebook

Instagram

Incógnita – Life’s a Bitch (1994)

Incógnita – Life’s a Bitch

A demo da banda madeirense comemora 30 aninhos. Como? Como foi possível passar tão rápido? O que vale é que a temática do trabalho musical continua actual. Até parece que eram videntes. Good old thrash metal with a groove feeling, é a melhor maneira de descrever “Life’s a Bitch”, com influências claras de bandas como Pantera e Sepultura. O que Márcio Ferreira, Luís Vieira, Carlos Ferraz e Estanislau Gouveia fizeram com esta demo, despertou a atenção do público nacional e que os levou a criar mais tarde o icónico “Madeirus Sarcasticus”, um ano depois. “Life’s a Bitch” é um marco na história do metal regional. Ao re-ouvir este trabalho, consigo apreciá-lo melhor. A guitarra sempre a lascar, a bateria, apesar de pesada tinha um ótimo groove, o baixo sempre certinho e cativante e a voz impecável. Antes ouvia com duas cervejas em cada mão, em constante headbang, hoje aprecio-o de forma diferente. Dois copos de vinho e algum headbang.

Review by: Gonçalo “Pedreira” Pereira

Facebook

Instagram

Design a site like this with WordPress.com
Iniciar