Deep in the Abyss – Junto aos Ossos (2023)

Deep in the Abyss – Junto aos Ossos

Ao escutar a intro, e os primeiros segundos da primeira música, julguei que ia ser transportado para uma viagem de symphonic black tuga. Oh fuck, how I was wrong! E ainda bem. A banda faz aqui uma mescla de estilos, no seu álbum de estreia. Riffs bem catchy, solos igualmente groovies, a bateria está em constante alteração, num momento um blast beat e depois uma onda jazz. O baixo, suporta tudo isto com uma consistência fantástica. Hugo Marques (voz e baixo) só usa a língua de Alexandre Herculano para passar a sua mensagem e arte, ao longo de pouco mais de 40 minutos. João Brunho (bateria), Rodrigo Sá e Miguel Cavalheiro (guitarras) completam assim este quarteto que produziu um trabalho bem interessante e coeso. No entanto, dá a sensação de que quiseram demonstrar toda a sua qualidade e conhecimento logo no primeiro registo, contudo, aguardo pacientemente, por mais.

Review by: Gonçalo “Pedreira” Pereira

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Peste Negra – Peste Negra (2023)

Peste Negra – Peste Negra

Nota do editor: Ao contrário do costume na nossa página, esta review não se focará somente neste EP, mas sim no trabalho da banda num todo. No futuro, analisaremos em maior detalhe o futuro álbum do grupo, que será lançado este ano. Fiquem atentos!

Peste Negra, Verme, Carrasco, Vulto e Vizigodo. O que têm estes nomes em comum? O lado mais obscuro, triste e nefasto da nossa história/sociedade. Todos estes nomes remetem-nos a uma memória que abala o nosso ADN. Enfim, já chega de falar sobre um período negro da nossa humanidade e passemos a falar do período negro que se avizinha. Peste Negra, a banda nacional de deathgrind, que conta com Verme na guitarra, Carrasco na voz, Vizigodo na bateria e Vulto no baixo, vão lançar o seu primeiro full-lenght já este ano. Ainda não se sabe ao certo quando será mas, a julgar pelo historial da banda será para meio do ano. Não acreditam? A sério? Ok, então oiçam a malha “A Arte da Morte” aqui. Só a título de curiosidade, este single foi lançado no dia 14 de fevereiro por isso nem se atrevam a dizer que os rapazes não são românticos. Se este som é um prenúncio do que aí vem então façam o favor de colocar-me no início da fila para adquirir o álbum. Os Peste Negra, já em 2023 tinham deixado a sua marca com o fantástico EP homónimo, com cinco faixas brutais, em que o ouvinte está num constante headbang, bem como, com as sobrancelhas franzidas, lábios bem cerrados e uma expressão de ódio perante todo o seu meio circundante. Quem nunca ouviu a banda que usa a língua de Camões e Pessoa para espalhar a sua mensagem, deve começar agora, pois garanto que não ficará indiferente à qualidade que os tugas imprimem neste trabalho. Até se quiserem, podem recuar um pouco mais e ouvir o single Podridão”, que também é uma boa introdução ao quarteto. Como descrever o meu entusiasmo para ouvir o próximo trabalho destes “meninos”? Os leitores estão familiarizados com a experiência de Pavlov e a sua Lassie, certamente. Pois bem, eu sou a Lassie nesta conversa e aguardo, impacientemente para que conste, que o Pavlov (Peste Negra) não só toque na campainha, bem como, me dê o biscoito (o álbum). Para os que não perceberam as referências aqui descritas, se calhar será melhor voltarem ao canal Panda. Ou, se quiserem dar um rumo à vossa vida e entrar nos confins do mundo metaleiro, escutem o próximo trabalho de Peste Negra. Não vai explicar o Pavlov nem a Lassie, mas isso também não vai interessar quando chegarem ao fim do álbum.

Review by: Gonçalo “Pedreira” Pereira

Oiçam aqui a faixa “A Arte da Morte” do futuro álbum dos Peste Negra:

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Síndrome K – Sobreviventes do Mal (2023)

Síndrome K – Sobreviventes do Mal

Mas que agradável surpresa de thrash brazuca! Um trio maravilha. Pedro Hugo, na bateria, não conhece a palavra calma, Volfer Freire na guitarra não falha, bons riffs e solos brutais, catchy stuff mesmo sem parecer xunga, já no baixo e voz, Lula Souto cumpre bem o requisito de um vocalista thrasher. Voz agressiva com os já habituais guinchos/berros característicos do género. Este álbum é o segundo da banda oriunda da Bahia, Brasil, nota-se um progresso fantástico para o de estreia. Os músicos estão bem mais entrosados, mas não é que no primeiro não tivesse ocorrido isso, aqui a fluidez é só mais notória. É um bom trabalho, sem dúvida. E o melhor é que é cantado em português. O álbum tem uma mistura de primórdios de Sepultura, Angra, Anthrax, e cenas dentro destes géneros. Agradável surpresa! E para melhorar a coisa, está previsto uma visita à terra de Camões!

Review by: Gonçalo “Pedreira” Pereira

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Cattle Decapitation – Terrasite (2023)

Cattle Decapitation – Terrasite

Grindcore não é a minha onda. Nunca foi. Sempre vi este género como a “ovelha negra” do death metal. Não conheço nenhuma banda, guitarrista… Nada. Nunca despertou o meu interesse. Ouvi o “Terrasite” três vezes antes de escrever esta review (não, não estou a exagerar), e cheguei à conclusão que, apesar de continuar a não gostar de grindcore, sou fã de Cattle Decapitation. O que o conjunto americano criou é uma obra de arte dentro de qualquer género metaleiro. Adorei tudo neste álbum. A voz de Travis Ryan está perfeita e bem acompanhada pelas guitarras perfeitas de Josh Elmore e Belisario Dimuzio. Olivier Pinard, no baixo, é o alicerce perfeito para a bateria perfeita de David McGraw. Perfeito! Todos os sites conceituados do universo do metal dizem que este álbum é um dos melhores do álbuns do ano, logo, a MetalMad, site igualmente conceituado no mundo metaleiro, diz-te o mesmo. Dos. Melhores. Álbuns. Que. Vais. Ouvir.

Review by: Gonçalo “Pedreira” Pereira

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Mau Olhado – Deusa do Pecado (2023)

Mau Olhado – Deusa do Pecado

Thrash, thrash, thrash, e mais thrash… É assim mesmo!!! Para mal dos meus pecados, eu não conhecia esta banda, nem tão pouco se fazia ideia que algo assim existia. Mas obrigado a quem me sugeriu ouvi-la (sabes quem és, um abraço). Desde o primeiro sacana segundo, até ao filho da puta do último minuto garanto-te que estarás num constante headbang que te fará ir ao quiropata duas vezes por dia, durante três meses. É mesmo muito bom. Toda a banda tem uma grave dificuldade em tirar o pé do acelerador. Aliás, aposto que este “carro” nem tem um pedal de travão implementado. Loucos riffs, blast beat constante, um baixo bem presente e uma voz poderosa que só expele a língua de Camões. Não os conhecia mas este é o típico caso “mais vale tarde que nunca”. Já está na minha playlist. THRASH!!!

Review by: Gonçalo “Pedreira” Pereira

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Dolmen Gate – Finis Imperii (2023)

Dolmen Gate – Finis Imperii

2023 veio cheio de surpresas e desta vez foram os Dolmen Gate que chegaram para arrebentar com tudo! Este projeto de Almada formado em 2021 finalmente estreou-se este ano com o seu recente EP “Finis Imperii”. E que lançamento magnifico! Este conta com três faixas “Finis Imperii”, “Rest in Flames” e “Retribution” que são do mais puro e épico heavy metal! Com a esplêndida voz da Ana que conta-nos histórias sobre mitologia que nos levam numa viagem ao mundo da fantasia, riffs cavalgantes e epopeicos, e uma bateria vigorosa e cheia de atitude! É sem dúvidas uma lufada de ar fresco ter uma banda como os Dolmen Gate a trazer novo heavy metal à cena nacional, já que são poucas as bandas que continuam a tocar este género cá em Portugal.

Review by: Dolortuus Doom Occulta

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P.D.M. – Horror Sapiens (2023)

PDM – Horror Sapiens

A história desta banda, bem como deste EP, é bem engraçada mas, para não exceder os limites de texto impostos pelo comité central da MetalMad, podes ler na página de Facebook da mesma. Esta review é só mesmo para focar-se no bom trabalho que a banda, oriunda de Olivais Norte, criou. E realmente está um bom trabalho musical. Os seus intervenientes proporcionam-nos bons riffs, batidas fortes, uma voz muito boa e em perfeita sintonia com toda a harmonia e agressiva disposta nestes, pouco mais de 15 minutos de loucura bem boa. Uma coisa é certa, este não é o grind que as novas gerações conhecem, e ainda bem. É um fantástico trabalho de grind old school como manda a lei. Com também alguns traços de thrash, punk e death… Tudo boa onda. É um bom EP, pena que é tão pouco tempo, que pode ser ouvido em qualquer momento seja ele de felicidade, tristeza, sacrifício satânico, raiva, etc…

Review by: Gonçalo “Pedreira” Pereira

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Frost Legion – Dark Ice (2023)

Frost Legion – Dark Ice

Após 9 anos os Frost Legion voltaram com mais um grande lançamento, “Dark Ice”! Este álbum é frio, é intenso e é bastante caótico, coisas essenciais no black metal! Os Frost Legion mostraram-se novamente mais do que capazes de nos oferecer uma atmosfera ártica com constantes riffs maléficos tocados em “tremolo”, uma performance infalível na bateria e um vocal super agressivo, distorcido e mais agudo como é tradicional. Destaco as faixas “Entre o Lodo e os Ossos”, “Noite Gélida” e “Dark Ice Curse”. É espetacular ver que o black metal continua vivo e muito saudável aqui na nossa cena nacional, com bandas como os Frost Legion mantendo-nos sempre entretidos e nas pontas dos pés ansiosos por saber o que mais nascerá aqui na nossa pátria!

Review by: Dolortuus Doom Occulta

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Gorod – The Orb (2023)

Gorod – The Orb

Cruzes, que loucura. O estilo progressive/technical death metal dos franceses é de uma qualidade ímpar. O trabalho de Mathieu Pascal e Nicolas Alberny nas guitarras está tão bem feito que por vezes esquecemos o vozeirão que Julien “Nutz” Deyres implementa neste álbum. Na “cozinha” do quinteto, Karol Diers (bateria) e Benoit Claus (baixo), são o par ideal para dar continuidade à ferocidade deste brutal trabalho. É impressionante como em pouco mais de 40 minutos a banda demonstra toda a sua criatividade e mestria. Na minha opinião, face à qualidade com que estes senhores tocam, merecíamos um pouco mais de duração do “The Orb”. O trabalho dos “cozinheiros” está simplesmente fantástico, sem sombra de dúvida, no entanto, são as guitarras que sobressaem. Pascal e Alberny “brincam” e “picam-se” ao longo destes 40 e pouco minutos. Para quem não conhece o género, nem tão pouco a banda, é um bom álbum para começar.

Review by: Gonçalo “Pedreira” Pereira

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Alpha Warhead – Code Red (2023)

Alpha Warhead – Code Red

Com três dias apenas para terminar o ano, Alpha Warhead lançou o seu álbum de estreia, o “Code Red”. E que álbum! A banda tuga produziu uma excelente peça musical, e se a primeira vez foi assim, todo o resto que vier para a frente é mesmo bom que seja top. Guitarras rápidas, bateria consistente, baixo bastante presente, e uma voz que assenta bem com toda esta vibe de thrashalhada in your face. Mas, qual a sensação de ouvir este álbum pela primeira vez? O género já é bem conhecido por todos nós, tudo soa um pouco familiar, se bem que, ao mesmo tempo, é tudo novidade. Nota-se a paixão desta malta por este género musical, está mesmo muito bem criado, este “Code Red”. São pouco mais de 30 minutos bem passados, sem qualquer alerta vermelho.

Review by: Gonçalo “Pedreira”

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